Tecnologia à serviço da população: essa foi a proposta apresentada na abertura da Semana da Ciência e Tecnologia na manhã desta quinta-feira (19), no Complexo Argos, um dos primeiros polos tecnológicos do “Campus Jundiaí”. Enquanto o “Campus Jundiaí” surge com a função de criar um ecossistema de inovação utilizando vários espaços públicos, o Parque Tecnológico, grande proposta tecnológica desde o governo Haddad, segue parado e não será concluído nesse mandato, conforme divulgado, em primeira mão, pelo Portal Tudo, no último sábado.
O Campus Jundiaí visa identificar espaços públicos e de interesse público na cidade e transformá-los em clusters de inovação, com capacidade para o desenvolvimento de novas tecnologias, geração e difusão de conhecimento, incubação de startups e coworking.
A proposta é, portanto, uma forma de contemplar parte da necessidade de inovação, já que o Parque Tecnológico terá que ficar “em espera”. Em 2016, a Prefeitura de Jundiaí iniciou a terraplanagem do terreno de 216 mil m² doado pela Fundação Cintra Gordinho para o Parque Tecnológico, que contaria com quadras formadas por núcleos de pesquisa, formação ou produção em torno de laboratórios centrais. Mas não houve mais avanços.
A ausência de previsão para instalação do parque tecnológico foi esclarecida pelogestor de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi. “Os recursos que conseguirmos serão destinados para custear necessidades urgentes. Uma das prioridades é terminar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nos próximos três anos e depois disso ainda temos que conseguir os R$ 1,5 milhão/ano para o custeio de cada uma delas”, explicou durante audiência pública na semana passada, na Câmara de Jundiaí.
Campus Jundiaí
Já estão em andamento iniciativas envolvendo o “Campus Jundiaí”. Uma delas é a oferta de cursos de capacitação de profissionais visando novas oportunidades no mercado de trabalho. É o caso, por exemplo da Rede TVTEC, que desde a metade do ano vem oferecendo cursos de formação e qualificação na área de produção de vídeo e mídias digitais.
Segundo o que foi exposto na abertura do evento, o objetivo é transformar esses espaços públicos em locais que prestem serviços à população e tragam benefícios. Ações semelhantes devem ocorrer na Etec Benedito Storani, Complexo Fepasa, Estação Juventude, Base Ecológica, Complexo Argos, Parque da Cidade, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Escola Superior de Educação Física (Esef), entre outros.
Semana da Ciência e Tecnologia
A semana da Ciência e Tecnologia vai dar oportunidade para novos empreendedores apresentarem seus projetos, um ambiente de coworking com encaminhamento para a geração de empregos.
De acordo com Roberto Sekiya, Subsecretário de Empreendedorismo e da Micro e Pequena Empresa do Governo do Estado de São Paulo, todo investimento em tecnologia é refletido na diretamente na economia. “Eu acredito no empreendedorismo das pessoas que tem atitude, todo momento de crise é importante, porque ele reflete as mudanças de consumo, de pensamento e o compartilhamento de ideias, são nos momentos de crise que as pessoas se arriscam e investem e esse fomento de desenvolvimento é que atrai investimentos e movimenta a economia”, afirma.
A apresentação das Startech, acontece amanhã (20) a partir das 17h e sábado (21) a partir das 9h na Biblioteca Municipal no Complexo Argos (Avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Vila Arens), e conta com a participação de 125 estudantes e empreendedores,
Acesso a segurança na palma da mão: GMJ
Dentre os painéis da abertura da semana, Amauri Marquesi, diretor presidente da Cijun, adiantou que além do aplicativo da prefeitura, que hoje conta com 105 serviços e já teve 15 mil downloads, um aplicativo para a Guarda Municipal deve ser lançado em breve.
Nele a população poderá registrar as ocorrências e manter contato direto com a GM. “Cerca de 80% da população de Jundiaí fica conectada na internet mais de 8 horas por dia, isso significa que hoje a internet é o meio de comunicação mais rápido e eficiente, por isso temos que investir nas necessidades da população, afinal hoje na cidade nos registramos 1,5 celular por habitante e 113.012 mil pontos de internet, não temos como não pensar em tecnologia”, afirma Amauri.